Política de memória – Texto de Celia Costa para jornadas do CIM
01.04.2012
Em um país como o Brasil, onde desde os tempos coloniais até hoje se tem privilegiado o silêncio e o esquecimento, é mais fácil falar sobre a ausência de memória, do que sobre uma política da memória, que é o nosso tema hoje.
Na verdade, quando pensamos na construção de uma sociedade democrática e na formação da cidadania de um povo, dois elementos aparecem como fundamentais: a memória e informação. Sem memória, não se tem passado, e sem passado dificilmente podemos falar do futuro. È claro que quando falamos de memória não estamos nos referindo a capacidade que todo indivíduo tem de guardar informações, fatos e lembranças relacionados às suas experiências e vivências.
Mas o que estamos falando aqui hoje, o que interessa para a nossa discussão sobre política da memória, é a noção de memória coletiva, da memória dos grupos, particularmente da memória da nação, a maior e a mais importante das memórias coletivas; ou seja, aquela memória constituída a partir de fatos e eventos, considerados relevantes para a sociedade como um todo, e que são guardados como memória oficial de uma determinada nação – a memória nacional.
Segue o texto na integra: Política da Memória
*Célia Leite Costa, historiadora e documentalista, ex-pesquisadora do CPDOC e diretora técnica do Museu da Imagem e do Som é integrante do conselho consultivo do Instituto Augusto Boal.