Augusto Boal

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Retrospectiva de aniversário

13.03.2018

Entramos na semana do aniversário de Boal, e continuamos nossa retrospectiva proposta para esse mês no blog.

Em 1957, depois do sucesso como diretor em sua primeira peça Ratos e Homens, no Teatro de Arena, Boal escreveu sua primeira peça no Brasil – “Marido magro, mulher chata”, na qual ele também dirigiu o elenco: Riva Nimtz, Vianinha, Vera Gertel, Geraldo Ferraz e Flavio Migliaccio. Nesta peça ele já esboçava o interesse em escrever uma dramaturgia originalmente brasileira ao retratar comicamente a vida de jovens moradores de Copacabana.

No mesmo ano, de 1957, Boal dirigiu também no Arena a peça Juno e o Pavão, uma peça de Sean O’Casey que retratava a guerra civil irlandesa. Em termos de direção, Boal ficara muito satisfeito: “Foi o espetáculo mais exato que tinha feito até então: emoção e rigor”. Treinava seus atores com o método de Stanislavski adaptando-o as condições do teatro brasileiro. E apesar de toda beleza e exatidão do espetáculo, Boal começou a perceber através da recepção do público, que o texto importado e traduzido não pertencia aquela realidade vivida na época: “Para quem se faz teatro? Para si ou para o público – e que público?”.

Essas percepções, relatadas por ele em sua autobiografia “Hamlet e o filho do padeiro”, foram importantes para os próximos passos dados por Boal no Arena, e na vida.

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Programa da peça “Marido magro, mulher chata”. Disponível no nosso acervo: www.acervoaugustoboal.com.br

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Fotografias de “Juno e o Pavão”, de 1957. Disponível em nosso acervo: www.acervoaugustoboal.com.br

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