Augusto Boal

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Augusto Boal: memória e história na UFRJ Por: Eleonora Ziller Camenietzki Diretora da Faculdade de Letras da UFRJ

13.03.2012

Tivemos a primeira conversa com Cecília Boal sobre o destino do acervo de Augusto Boal em 2011. Discutimos a possibilidade da UFRJ acolhê-lo e, para isso, assumimos o compromisso de que o acervo teria vida pública e serviria para estimular estudos e debates sobre sua obra. Em poucas horas, Cecília Boal e eu nos reunimos o Reitor, Carlos Levi e o ex-Reitor e Coordenador do Fórum de Ciência e Cultura, Aloísio Teixeira, para traçarmos um plano de ação, pois já contávamos com o apoio imediato do então Ministro da Educação, Fernando Haddad (apoio este confirmado pelo novo ministro, Aloísio Mercadante).
Nesse encontro surgiu o projeto do Centro Interuniversitário de Memória e Documentação. A primeira frase de Cecília deu o tom da conversa: “Nós, herdeiros de importantes nomes que se destacaram neste país, sofremos muito com as dificuldades para mantermos um acervo que é importante para a cultura brasileira”. Acolhida imediatamente, a proposta se transformou num projeto que é uma importante iniciativa para a preservação da memória cultural de nosso país. Docentes de dois programas de Pós-Graduação da Faculdade de Letras abraçaram a idéia, além de contarmos com o apoio especializado de técnicos do Sistema de Bibliotecas da UFRJ e da Casa da Ciência. O projeto tem a cara de Augusto Boal: amplo, coletivo e plural, assim como foi a sua trajetória artística e política. Acho que ele ficaria muito feliz em saber que a dificuldade de manter o seu acervo deu origem a uma proposta que irá atender a tantos outros acervos que carecem de espaço público adequado para a sua proteção. Laçaremos a proposta dia 16 de março, dia do aniversário de Boal, e temos certeza que muitas unidades da UFRJ e de outras universidades do Rio de Janeiro irão, assim como nós, abraçar essa proposta.

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