Augusto Boal (1931-2009) foi um dos dramaturgos que mais contribuiu para a criação de um teatro genuinamente brasileiro e latino americano. Desde os primórdios de sua carreira, no teatro de Arena, até o Teatro do Oprimido, técnica que o tornou mundialmente conhecido, passando pelas Sambóperas, sua preocupação foi a de criar uma linguagem que pudesse traduzir a realidade do seu país, uma maneira brasileira de falar, sentir e pensar. Essa preocupação imprime ao seu trabalho uma dimensão política e social, concebendo o teatro como instrumento de transformação alicerçada na temática e na linguagem. Todos os passos percorridos por Boal foram marcadas pelo seu espírito investigativo e sua preocupação política: o teatro como resposta às questões sociais; o teatro como meio de analisar conflitos e apresentar alternativas. É autor de diversas obras literárias publicadas em vários idiomas e recebeu, durante sua vida profissional, um arsenal extraordinário de prêmios e honrarias. Tendo em vista a multiplicidade e a diversidade das contribuições dadas por Boal à cultura brasileira, bem como o caráter revolucionário de suas ações, julgamos que o contato com a sua obra sempre servirá de estímulo para o aprofundamento das linhas de pesquisa por ele elaboradas ou sugeridas.
Escreve alguns textos curtos inspirado em situações da Penha: Maria Conga, Histórias do meu bairro e Martin Pescador. Alguns textos foram submetidos à crítica de Nelson Rodrigues, de quem se aproximou durante o período em que cursou Engenharia Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
// Augusto Boal em Nova Iorque, 1954.Boal frequenta aulas na Columbia University of New York para especializar-se em plásticos e petróleo. Paralelamente realizou 20 estudos em dramaturgia, com John Gassner. Seus professores foram: Milton Smith, Maurice Valency, Norris Houghton, Theodore Apsteins entre outros. Colaborou voluntariamente com o Correio Paulistano, entrevistando artistas em evidência no cenário nova-iorquino. Foi aceito como ouvinte em sessões do Actor´s Studio de Lee Strasberg.
Concluídas as aulas em Química, Boal dedica-se integralmente ao teatro. Integra um grupo de dramaturgos, Writers’ Group, Brooklyn, ganha um concurso de peças em um ato na Columbia com Martim Pescador, o primeiro reconhecimento como dramaturgo.
Junto ao Writer’s Group encena duas peças de sua autoria, The house across the street e The horse and the saint. O elenco foi formado pelos dramaturgos do grupo, e os diretores, os autores. Em julho retorna ao Brasil.
// Augusto Boal em Nova Iorque, 1954.Nelson Rodrigues indica Boal como tradutor para a Revista X-9. Através das traduções de romances policiais aprenderá a técnica que o auxilia na escrita, anos mais tarde, da novela A deliciosa e sangrenta aventura latina de Jane Spitfire, espiã e mulher sensual, sobre o golpe de Estado na Argentina. Por indicação de Sábato Magaldi, Boal integra, como diretor artístico junto a José Renato, o Teatro de Arena de São Paulo. Estreou como diretor em setembro com Ratos e Homens de John Steinbeck. Na encenação, busca a essência de cada cena, o sentido das coisas que são ditas e não tanto a maneira de dizê-las. A encenação volta-se para o ator e constitui a “etapa realista” do Teatro de Arena. Segundo Boal “a melhor maneira de ensaiar seria, desde o primeiro dia, praticar Stanislavski.” Não foi sem alguma resistência dos atores que Boal introduziu exercícios aprendidos no Actor’s Studio. O famoso Laboratório de Interpretação contava, também, com exercícios criados pelo próprio Boal e posteriormente serviram de base para o livro Jogos para atores e não atores.
Estreia no Brasil como dramaturgo com a comédia Marido magro, mulher chata. Recebe elogios como autor cômico: a comicidade da peça não resulta de aproveitamento de anedotas, piadas ou ditos chistosos. Nasce com espantosa naturalidade da maneira de ser das personagens. Dirige Juno e o pavão de Sean O’Casey e organiza um Curso de Dramaturgia aberto ao público.
O Teatro de Arena funda o Seminário de Dramaturgia. Os convidados analisavam peças dos dramaturgos do Arena, como Boal e Vianninha, ou de convidados, como Jorge Andrade e Bráulio Pedroso. Os textos eram submetidos a análise estética e política de, ao menos, dois relatores. Foi pelo Seminário de Dramaturgia que os autores confrontaram-se com os problemas brasileiros, colocando em cena novos temas e personagens, instalando a “etapa fotografia” do Teatro de Arena iniciada pela encenação de Eles não usam black-tie de Gianfrancesco Guarnieri, com direção de José Renato.
Augusto Boal dirige Chapetuba Futebol Clube de Oduvaldo Vianna Filho, Gente como a gente de Roberto Freire e A farsa da esposa perfeita de Edy Lima, textos analisados pelo Seminário de Dramaturgia.
// Chico de Assis em cena de Chapetuba Futebol Clube, 1959, de Oduvaldo Vianna Filho. Direção de Augusto Boal.Realização de várias produções conjuntas entre o Teatro de Arena e o Teatro Oficina. Boal dirigiu, com o elenco do Oficina, A engrenagem de Jean Paul Sartre, adaptada em parceria com José Celso Martinez Corrêa. Neste mesmo ano dirigiu outras peças oriundas do Seminário: Fogo Frio do ainda jornalista esportivo Benedito Ruy Barbosa e O testamento do cangaceiro de Francisco de Assis. Nesse ano, José Renato dirige Revolução na América do Sul.
// Cena de Revolução na América do Sul, 1960. Texto de Augusto Boal, direção José Renato.Dirige Pintado de Alegre de Flávio Migliaccio. Para marcar uma diferença de encenação e de nuances dentro da etapa brasileira do Teatro de Arena (fotografia), Boal escreve: “A comparação seja o caminho mais claro. Chapetuba F.C. é uma peça seca, direta, objetiva. No movimento cênico, sua ideia central foi demonstrada por processos geométricos. Pintado de Alegre, contrariamente, ditou uma encenação quase oposta. Seus personagens abandonam problemas fundamentais por motivos fúteis, passando da intensa alegria ao total abandono. Estas características impressionistas do texto forneceram elementos básicos da encenação. As marcações procuram as curas, procuram os gestos inúteis, são enriquecidas com o desnecessário e o facultativo. Flávio Império multicoloriu os cenários, acumulando detalhes.”
José, do parto à sepultura, de sua autoria, é dirigida por Antonio Abujamra. Segundo Boal, José da Silva nasceu inspirado em Dom Quixote, com uma diferença fundamental: Quixote “vivia anacronicamente, acreditando em valores passados, José acredita nos de hoje, falsos mas atuantes. O texto centra-se na hipérbole, no exagero e absurdo.” Com o elenco do Arena, Boal dirige A Mandrágora de Maquiavel. Inicia-se a “etapa nacionalização dos clássicos.” Em sua avaliação, a “fase fotográfica” tinha a desvantagem em reiterar o óbvio: queríamos um teatro mais universal que, sem deixar de ser brasileiro, não se reduzisse às aparências. Ainda nesse ano dirige O melhor juiz, o Rei de Lope de Vega.
// Equipe do Arena comemora o Prêmio Saci, 1962.Dirige O Noviço de Martins Pena com o Teatro de Arena e Um bonde chamado desejo de Tenesse Williams com o Teatro Oficina.
// Isabel Ribeiro em cena da peça O Noviço, 1963. // Programa de peça A farça da esposa perfeita de Edy Lima e direção de Augusto Boal, 1959.Após 5 meses do golpe militar, dirige O Tartufo de Molière. “Ensaiei Tartufo enquanto se organizava o texto de Opinião. Estreamos dia dois de setembro de 1964, evitando provocações no dia sete!” Boal trabalhou na adaptação de O processo de Kafka: “Nada mais parecido com o Brasil naqueles dias tenebrosos.” No Rio de Janeiro, em dezembro, estreia o show Opinião, um dos mais importantes musicais políticos da história do teatro brasileiro.
// Material de divulgação do show Opinão com Maria Bethânia na capa.Arena conta Zumbi estreia em 1 de maio, texto de Boal e Guarnieri. Com Zumbi inicia-se a etapa dos musicais, que se caracterizou pela introdução de músicas brasileiras de importantes compositores. Nas palavras de Celso Frateschi: “o cenário era um grande tapete vermelho e os atores usavam calça Lee, que era muito característico da classe média”. Não mitificava nenhum momento a ideia sobre a escravidão. Isso é o Brasil de hoje. Além disso, é em Zumbi que o Sistema Coringa é experimentado; o personagem é desempenhado por diversos atores de acordo com as circunstâncias. Nesse mesmo ano dirige Arena canta Bahia e Tempo de Guerra.
// Cena de “Arena conta Zumbi” com Gianfrancesco Guarnieri (de pé), David José (à direita) e outros. // Marília Medalha e Dina Sfat em cena de Arena Conta Zumbi, 1965. Em Zumbi, Boal sistematiza o Coringa: “nenhuma personagem é propriedade privada de nenhum ator”. // Equipe do Teatro de Arena em excursão internacional apresentando Arena Conta Zumbi e Arena Conta Bolívar (censurada no Brasil), Nova Iorque, 1969.Primeira viagem a Buenos Aires onde dirigiu O melhor juiz, o Rei de Lope de Vega. Nessa mesma viagem dirige A Mandrágora de Maquiavel na sala 55 Planeta e dá cursos. Conhece sua futura companheira, Cecília Thumim.
// Cena de Inspetor Geral, 1966, de Nicolai Gogol. Direção de Augusto Boal.Estreia Arena conta Tiradentes, escrita em parceira com Guarnieri. Aquilo que nasceu com Zumbi ganha sistematização em Tiradentes para o estabelecimento de uma nova convenção teatral. Ao jogo em cena apresenta-se um novo personagem, o Coringa, com a função de se opor ao Protagonista. A função do protagonista é causar empatia no público, ele é desempenhado em chave naturalista; em Coriolano, por exemplo, pode ser um homem do povo. O Coringa é polivalente: todas as possibilidades teatrais mágicas e oniscientes são a ele conferidas. Nesta nova convenção, regras dramáticas são propostas. A peça apresenta dedicatória, explicação, distribuição em episódios, comentários do coro, entrevistas e a exortação.
// Programa da peça Arena conta Tiradentes, 1967. // Cenas de Arena conta Tiradentes, 1967, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri. Direção de Augusto Boal.Realização da Primeira Feira Paulista de Opinião no Teatro Ruth Escobar, que estreou com mandado judicial. A proibição da Feira gerou um movimento de protesto dos artistas contra a censura praticada pelo governo militar. Reuniu textos de seis autores: O líder, de Lauro César Muniz, O Sr. Doutor, de Bráulio Pedrosa; Animália, de Gianfrancesco Guarnieri; A receita, de Jorge Andrade; Verde que te quero verde, de Plinio Marcos; e A Lua pequena e a caminhada perigosa, de Augusto Boal. No mesmo ano Boal traduziu e dirigiu Mac Bird, de Barbara Garson.
// Foto de divulgação da Primeira Feira Paulista de Opinião, 1968.Boal escreve Bolivar, o lavrador do mar (Arena conta Bolivar). Após a assinatura do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro de 1968, o Teatro do Arena excursionou pelos Estados Unidos, México, Peru e Argentina, reapresentando Arena Conta Zumbi. O grupo encenou também Arena conta Bolivar, texto e direção de Augusto Boal, censurada no Brasil.
Em setembro, de retorno ao Brasil, Augusto Boal montou o Teatro Jornal - 1ª edição, espetáculo que se caracterizava pela improvisação das notícias pelo elenco, com base na leitura dos principais jornais da época. Nesse mesmo ano, Boal dirigiu A Resistivel Ascensão de Arturo Ui, texto de Bertolt Brecht, traduzido por Luiz de Lima e Hélio Bloch.
// Arena Conta Bolívar, 1970, texto e direção de Augusto Boal, só foi apresentada fora do Brasil. Nesta cena de ensaio vemos: Lima Duarte, Cecília Thumim, Zezé Mota, Fernando Peixoto, Isabel Ribeiro e Benê Silva. // Bibi Vogel, Antonio Pedro e Gianfrancesco Guarnieri em cena de A Resistível Ascensão de Arturo Ui, 1970, de Bertolt Brecht. Direção de Augusto Boal.Em fevereiro, Boal foi preso e torturado. Exilou-se em Buenos Aires, onde residiu por cinco anos.
Apresentação de Torquemada, sob sua direção, no New York University. Nesse mesmo ano, a peça foi encenada no Teatro La Mama, em Bogotá, e no Teatro del Centro, em Buenos Aires. Trabalho em Buenos Aires com o grupo El Machete. Primeira sistematização das Categorias de Teatro Popular, publicadas pela Editora CEPE, Buenos Aires. Dirige El Gran Acuerdo Internacional del Tío Patilludo, texto seu, na Sala Planeta em Buenos Aires.
// Cena de Torquemada, representada pelos alunos da New York University em 1971-72.Participação no Plano Alfin (Programa de Alfabetização Integral) nas cidades de Lima e Chaclacayo.
Primeira edição no Brasil de Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. Sistematização da estrutura dialética da interpretação.
// Capa do livro Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974.Publicação de Técnicas Latino americanas de teatro popular: uma revolução copernicana ao contrário.
// Cena de Torquemada, peça que Boal escreveu quando foi preso. Representada em Buenos Aires em 1971-72.Escreve as adaptações de A tempestade de William Shakespeare, com foco na figura do Caliban, como símbolo de resistência do colonizados; e Mulheres de Atenas, uma adaptação de Lisístrata de Aristófanes, com música de Chico Buarque. Muda-se para Lisboa, onde dirige o grupo recém-criado A Barraca.
Em Lisboa, encena A barraca conta Tiradentes e finaliza Murro em Ponta de Faca.
// Montagem de Murro em ponta de faca, 1978. Texto de Augusto Boal, direção de Paulo José. Em cena Francisco Milani, Renato Borghi e Othon Bastos.Dirigida por Paulo José, Murro em ponta de faca é apresentada pela primeira vez no Brasil, em São Paulo, pela Companhia de Othon Bastos. A peça aborda a vida dos exilados políticos fora do país.
Boal começa a lecionar na Université de la Sorbonne – Nouvelle, em Paris, onde criou o CEDITADE - Centro d`Étude et de Diffusion des Thecniques Actives d´Expression, depois conhecido como Centre du Theâtre de L´Opprimé Augusto Boal. Dirige em Paris Murro em ponta de faca.
No âmbito do CEDITADE, escreveu peças para o Teatro Foro como: La surprise; La coherence; Comme d´habitude; L´anniversaire de la mère; O dragão esverdeado e a família surda; e Le nouveau badache est arrivé. O CTO e o Theâtre du Solei, sob a direção de Boal, apresentou Stop C´est magique, na Cartouchérie de Paris.
Dirige Nada más a Calingasta, de Júlio Cortázar, no Schauspielhaus de Graz, na Áustria e recebe a condecoração do governo francês, Officier de des Arts et des Lettres.
Apresentação no Schauspielhaus de Graz, na Áustria, de Arena conta Zumbi. Dirige A incrível e triste história de Cândida Erendira e sua avó diabólica de Gabriel García Márquez, no Theâtre National Populaire de Paris, com a participação de Marina Vlady.
// Cena de A incrível e triste história de Cândida Erendira e sua avó diabólica de Gabriel García Márquez, no Theâtre de L’Est Parisien. Direção de Augusto Boal.Dirigiu no Teatro de Wupperthal, na Alemanha, El Público de Frederico Garcia Lorca; e em Nuremberg, La Malasangre, de Griselda Gámbaro.
// Cena de La Malasangre, 1984, de Grizelda Gambaro, apresentado no Schauspielhaus de Nuremberg, Alemanha. Direção de Augusto Boal. // Cena de El Publico, 1984, de Garcia Lorca apresentado na Schauspielhaus de Wüppertal, Alemanha. Direção de Augusto Boal.Montou no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, O corsário do Rei, de sua autoria, com música de Edu Lobo e letras de Chico Buarque. Prepara a volta ao Brasil.
// Ivan Senna, Lucinha Lins e Marco Nanini em cena de O Corsário do Rei, 1985. Texto de Augusto Boal, música de Edu Lobo e Chico Buarque. // Divulgação de Teatro Fórum “Stop c’est Magique” apresentado no teatro Cartoucherie de Vincennes, em Paris, 1980. // Augusto Boal recebe Chico Buarque na sua casa em Paris.Retorna definitivamente para o Brasil. Nesse mesmo ano, dirigiu Fedra de Jean Racine, no Teatro de Arena do Rio de Janeiro, com Fernanda Montenegro no elenco. Ainda em 1986, passa a dirigir a Fábrica do Teatro Popular a convite do então Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Darcy Ribeiro. Nesse mesmo ano cria o Centro do Teatro do Oprimido – CTO, visando difundir as técnicas do teatro do oprimido no Brasil.
Dirigiu no Teatro Vannuci, no Rio de Janeiro, Malasangre de Griselda Gambaro.
Adapta e dirige Encontro marcado de Fernando Sabino.
Conclui a novela O suicida com medo da morte publicada pela Civilização brasileira em 1992.
Augusto Boal é eleito Vereador do Estado do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Dos 33 projetos encaminhados por ele à Câmara dos Vereadores, 14 tornaram-se leis municipais. Desenvolve o Teatro Legislativo.
Realiza-se, no Rio de janeiro, o 7° Festival Internacional do Teatro do Oprimido, com a participação de 12 países.
Boal recebe da UNESCO, a medalha Pablo Picasso.
Escreve duas comédias que ele classificou como “bulevar macabro”. Amigo Oculto e A herança maldita.
Estreia a “sambópera” Carmen, de Bizet. Escrita em parceria com Celso Branco, o espetáculo teve a direção musical sob a responsabilidade de Marcos Leite.
// Cena da “sambópera” Carmen, de Bizet. Texto de Boal em parceria com Celso Branco. Direção musical de Marcos Leite. Direção de Augusto Boal, 1999.Amigo Oculto estreia no Rio de janeiro, sob a direção de Marilia Pera, no Teatro Clara Nunes. No elenco: Esperança Motta, Fafy Siqueira, Françoise Fourton, Reinaldo Gonzaga, Mário Cardoso e Débora Olivieri.
Estreia de uma nova experiência: La Traviata, também em parceria com Celso Branco, e com direção musical de Jayme Vignolli.
// Divulgação do espetáculo “A Traviata”, sambópera de Augusto Boal, Celso Branco, Jayme Vignoli e marcos Leite sobre a ópera de VerdiA herança maldita, escrita por Boal em 1998, é montada pelo grupo A Barraca dirigida por Helder Costa.
// Programa de “A herança maldita”, peça de Augusto Boal apresentada pelo grupo A Barraca no Teatro Cineart.É nomeado “Embaixador do Teatro” pela UNESCO. Falece em 2 de maio de 2009, no Rio de Janeiro. Augusto Boal escreveu diversos livros, muitos traduzidos em vários idiomas, além de ter colecionado títulos, prêmios e honrarias durante sua trajetória. Na década final de sua vida, dedicou-se quase que completamente ao Teatro do Oprimido, dirigindo oficinas, publicando livros e realizando palestras no Brasil e no exterior.