Augusto Boal

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10 anos de falecimento de Augusto Boal

02.05.2019

“Teatro não pode ser apenas um evento — é forma de vida!”

(Augusto Boal, 29 de março de 2009)

2 de maio de 2019, dia que marca o aniversário de 10 anos de morte de Augusto Boal, é sobretudo um dia de celebração de sua obra e trajetória com o lançamento da nova edição do seu livro “Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas”, com prefácio de Julián Boal.

O evento que acontece hoje, às 19h, no Armazém do Campo (aberto ao público), terá uma mesa de conversa com a participação de Julián Boal (Escola do Teatro Popular), Marina Henriques (Unirio), Geo Britto (Centro de Teatro do Oprimido) e Mineirinho (Coletivo Nacional de Cultura do MST), numa verdadeira celebração do legado nos deixado por Boal que persiste extremamente pertinente. Estão todos convidados!

Nesta foto, uma de suas últimas, Boal está na sede da UNESCO em Paris, para onde viajou apenas meses antes de falecer, para uma cerimônia no dia 29 de março, na qual foi nomeado “Embaixador Mundial do Teatro para o ano de 2009” pelo Instituto Internacional de Teatro (ITI). Uma bela homenagem e reconhecimento, ainda em vida, por sua preciosa contribuição não só para a construção de uma dramaturgia verdadeiramente brasileira, que constitui capítulo importante da história e da cultura do nosso país, mas para tantos outros países e pessoas alcançados e transformados por suas práticas teatrais de liberdade (que continuam vivas até hoje).

Lá, Boal proferiu sua última e contundente fala pública. Palavras que continuam a ressoar em sentido e relevância, e vigoram, mesmo passada uma década, como uma provocação necessária a todos nós, atores das nossas próprias vidas e cidadãos.

“Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, gêneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.

(…)

Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!”

Viva Boal!

(A íntegra do discurso, previamente publicado neste blog, pode ser encontrado aqui)