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Quero aproveitar o fato de termos um blog e de me encontrar neste momento em Buenos Aires, para expressar uma antiga preocupação.
Por que neste momento? Por que em Buenos Aires?
É que conversando com algumas das pessoas que aqui praticam o método do Boal, comentamos novamente o nosso receio de que este se desvie dos seus objetivos ideológicos iniciais e fique esvaziado do seu conteúdo político.
Augusto Boal foi um pensador do teatro, um pesquisador, articulando teatro com filosofia, pedagogia, ética e as mais diversas áreas do pensamento.
Criador de um movimento que ganhou uma enorme repercussão, seu teatro foi ideológico, experimental no sentido de fora do perímetro (Mauricio Kartun), buscando sempre expandir os limites, amplia-los, porém, não em qualquer direção. A direção foi sempre muito clara, porque marcada por uma ideologia. Seu pensamento amplo e aberto, sem nunca deixar de tomar partido.
Eu mesma, que durante 43 anos acompanhei a sua trajetória, posso testemunhar do total engajamento político do Boal. Isso é muito claro ao longo de toda a sua obra, quer se trate do teatro do oprimido, das suas peças de teatro ou dos seus textos teóricos.
Nós queremos, através do Instituto, manter o seu pensamento vivo sem nunca deixar de respeitar as suas opções.
Quero convidar todos aqueles que se interessem por Arte Política, como ele sempre se interessou, a se manifestar neste espaço para inaugurar um diálogo sobre essa importante questão:
A função política da arte.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=K2ono3A_yyw]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=QZbhB3Y-wdE&feature=related]
Todos os integrantes do Instituto Boal desejamos manifestar a nossa alegria, o nosso verdadeiro prazer, pela estreia de Murro em ponta de Faca, a peça que Augusto escreveu sobre o exilio durante o seu exilio.
Dirigida pelo magnifico ator , diretor e querido amigo Paulo José, fundador, junto com Augusto , do Teatro Arena de São Paulo.
A peça está em cartaz no Teatro Sesc de Copacabana.
Sem duvida é imperdivel!
A nossa turma estará presente na estreia e voltaremos depois com mais noticias
Convidamos todos a assistir e esperamos os vossos comentarios no nosso blog.
Materia no Jornal “O Globo”, mais no site Globo on-line
Link Veja
Augusto era uma pessoa viva e muita viva.
Por isso não queremos que todos os textos , as fotos, os livros fiquem num museu.
Queremos sim, ter um espaço , uma casa que tenha não só a função de preservar
os muitos e riquissimos documentos mas que possa também oferecer cursos,
oficinas, seminarios, um lugar de encontro, de encontros, muitos encontros,
de dialogo aberto e de enlaces no melhor estilo de Augusto Boal.
De encontro também com outros artistas que precisem de um espaço para mostrar
o seu trabalho
Nos aguardem!!!
Foi realizada nesta quinta-feira, dia 31, na sede da Seccional, a cerimônia de entrega do 38º Prêmio Jurídico Augusto Boal, que homenageou o dramaturgo ao tratar do tema “Cidadão não é aquele que vive em sociedade; é aquele que a transforma” -Teatro Legislativo – Exercício Pleno da Cidadania e Processo Legislativo.
O concurso avalia obras inéditas de advogados e estagiários e destacou, nesta edição, os trabalhos de Jamile Khede Israel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), premiada com 12 mil reais pelo primeiro lugar, e de Naira Gomes Guaranho de Senna, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que recebeu 10 mil reais pela segunda colocação na categoria ‘Advogado’.
Na abertura da solenidade, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, ressaltou o orgulho da Ordem em homenagear Boal, exímio defensor dos direitos humanos, que lutou, com sua arte, pela inclusão social das classes menos favorecidas: “Não foi à toa que escolhemos Augusto Boal para dar nome a esse prêmio, porque ele tem, de certa forma, a cara da nossa gestão. Tudo que o ele fez diz respeito àquilo que nós buscamos a frente da OAB/RJ”.
A viúva do dramaturgo, Cecília Boal, esteve presente no evento para receber as homenagens a Augusto e disse que, embora ele tenha ganhado muitos prêmios, tinha uma alegria especial em ver seu nome lembrado pela OAB, por ele, a sua maneira, ter advogado pela causa dos direitos humanos, em todos os sentidos: “Fico feliz com a possibilidade de essa nova geração pesquisar sobre o Augusto e ver sua luta, na época da ditadura, pela cidadania .
Materia na integra no site da OAB-RJ
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