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*A seguir iremos reproduzir um texto da revista Traulito publicada pela Companhia do Latao de Sao Paulo
Debate entre Iná Camargo Costa e João das Neves
A mesa realizada no Estúdio do Latão no dia 29 de abril de 2010 foi composta por Iná Camargo Costa, pesquisadora de teatro e professora aposentada de Teoria Literária da USP, e João das Neves, dramaturgo, escritor e diretor teatral. Os palestrantes discutiram a experiência do Teatro de Arena, do CPC da UNE, e a formação do Grupo Opinião. Como mediadoras, as atrizes Ana Petta e Helena Albergaria da Companhia do Latão.
“NEVES – Eu me lembro da alegria do espetáculo do Boal. É uma coisa que o CPC herdou: uma linha bem-humorada e crítica de abordar o teatro. Um pouco inspirada no espírito do teatro de revista brasileiro, mas com uma profundidade muito maior.A mais-valia também tinha a mesma irreverência. Naquela época, o Arena tinha uma linha ainda muito dramática. A Revolução na América do Sul e A mais-valiasão realmente fundadoras do teatro épico no Brasil. Nessa época, eu inclusive cheguei a dirigir uma versão de Revolução na América do Sul em cima de um caminhão que nós tínhamos.
(…)
INÁ – Quero ilustrar com um exemplo. Porque é muito complicado falar em avanço e recuo no plano da configuração da obra de arte. Mas recuo intelectual, isso sim é um fato, já demos até alguns exemplos. Eu acho, por exemplo, que o Show Opiniãoé simplesmente impensável fora do horizonte da experiência do agitprop. Tem muita coisa de agitprop falando dentro do Show Opinião. Que eu saiba, ninguém tratou do assunto até hoje. Ninguém relaciona a experiência do Show Opinião com a experiência do agitprop. Portanto, a crítica convencional ao Show Opinião não tem sentido. Um show como o Opinião, se penado fora do equipamento teórico que o teatro épico disponibiliza é simplesmente incompreensível. O que, aliás, aconteceu na recepção crítica. Todo mundo dizia: “Ah! É um show! A Nara canta isso, canta aquilo!” E a crítica não produziu uma visão de conjunto do Show Opinião, que é um espetáculo épico de primeira ordem, um espetáculo que veio da experiência do CPC. Palco limpo, os três em cena, e uns dois ou três músicos ajudando no ritmo. Isto é oShow Opinião. Não tem um elemento dito de cenografia. É um espetáculo épico porque é narrativo: são histórias, análises e depoimentos sobre situações, de vários tipos inclusive. Uma coisa impressionante.”
Segue abaixo o link para a entrevista completa:
Basta clicar para ler Programa CIM
Tivemos a primeira conversa com Cecília Boal sobre o destino do acervo de Augusto Boal em 2011. Discutimos a possibilidade da UFRJ acolhê-lo e, para isso, assumimos o compromisso de que o acervo teria vida pública e serviria para estimular estudos e debates sobre sua obra. Em poucas horas, Cecília Boal e eu nos reunimos o Reitor, Carlos Levi e o ex-Reitor e Coordenador do Fórum de Ciência e Cultura, Aloísio Teixeira, para traçarmos um plano de ação, pois já contávamos com o apoio imediato do então Ministro da Educação, Fernando Haddad (apoio este confirmado pelo novo ministro, Aloísio Mercadante).
Nesse encontro surgiu o projeto do Centro Interuniversitário de Memória e Documentação. A primeira frase de Cecília deu o tom da conversa: “Nós, herdeiros de importantes nomes que se destacaram neste país, sofremos muito com as dificuldades para mantermos um acervo que é importante para a cultura brasileira”. Acolhida imediatamente, a proposta se transformou num projeto que é uma importante iniciativa para a preservação da memória cultural de nosso país. Docentes de dois programas de Pós-Graduação da Faculdade de Letras abraçaram a idéia, além de contarmos com o apoio especializado de técnicos do Sistema de Bibliotecas da UFRJ e da Casa da Ciência. O projeto tem a cara de Augusto Boal: amplo, coletivo e plural, assim como foi a sua trajetória artística e política. Acho que ele ficaria muito feliz em saber que a dificuldade de manter o seu acervo deu origem a uma proposta que irá atender a tantos outros acervos que carecem de espaço público adequado para a sua proteção. Laçaremos a proposta dia 16 de março, dia do aniversário de Boal, e temos certeza que muitas unidades da UFRJ e de outras universidades do Rio de Janeiro irão, assim como nós, abraçar essa proposta.
UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE ARTES -PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ARTES – MESTRADO
ANDERSON DE SOUZA ZANETTI DA SILVA
A ESTÉTICA DA SUBJETIVIDADE REBELDE NO TEATRO DE AUGUSTO BOAL
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Artes. Área de Concentração: Artes Cênicas – Universidade Estadual Paulista – UNESP – Instituto de Artes de São Paulo. Orientador Professor Dr. Mário Fernando Bolognesi.
São Paulo, 2008
A Estética de Boal – Odisséia pelos Sentidos resultado da pesquisa de mestrado de Flavio Sanctum, Curinga do Centro de Teatro do Oprimido – CTO, traz um levantamento histórico desde o Teatro de Arena até a criação do CTO e avança para a leitura particular que Boal faz do conceito de Estética. O livro expõe os conceitos de Pensamento Sensível e Pensamento Simbólico, bases para a compreensão da teoria e da prática do Teatro do Oprimido e propõe uma analogia entre os Neurônios Estéticos, neurônios sugeridos por Boal para serem responsáveis pelas nossas capacidades estéticas, e a Neuroplasticidade.
Entre as referências dessa publicação está a última obra de Augusto Boal, A Estética do Oprimido (2009), considerado legado artístico do teatrólogo.
Com A Estética de Boal…, Flavio Sanctum, que trabalhou diretamente com o diretor, pretende dar continuidade a esse legado.
O livro será lançado dia 16 de Março (sexta), Dia Mundial do Teatro do Oprimido, às 19h no Centro de Teatro do Oprimido – Av Mem de Sá 31, Lapa.
En un barrio de Buenos Aires, num bairro da cidade de Buenos Aires , nuestro compañero Ricardo Talento monta espetáculos com 300 vizinhos!!!
Colocamos hoy la foto de una señora para que todos aprecien la creatividad do figurino
( e também a do meu portunhol! assumidamente latino-americana)
Ricardo Talento ( chama assim mesmo e faz jus ao nome) trabalha numa linea que lembra os espetáculos do Boal e dos Centros Populares de Cultura
Quem for a Buenos Aires deve tentar ver! é muito bom!
– “El CIRCUITO CULTURAL BARRACAS es un proyecto artistico comunitario que tiene como eje de construccion el arte como un derecho de todos y factor de transformación social. Todo ser humano es esencialmente creativo, establecer el marco para que un vecino que no tiene como objetivo de vida ser “Artista” desarrolle su creatividad es una apuesta al cambio, a que llegue a ser posible “Otro mundo posible” El Teatro Comunitario (Teatro de vecinos) se desarrolla en un territorio determinado, barrio, ciudad, pueblo.Es autogestivo y amateur, sus elencos numerosos, están formados por vecinos de distintas edades, ya que creemos que es fundamental la construcción intergeneracional como resistencia a la división por edades impuesta como formas de consumo y dominación. El Teatro Comunitario apuesta a la maxima calidad posible en sus espectáculos como forma de transformación, ya que un espectáculo popular de baja calidad daría la razón a aquellos que creen que el arte es patrimonio de algunos elegidos y no del pueblo todo.
En el CIRCUITO CULTURAL BARRACAS participan aproximadamente 300 vecinos del barrio de Barracas, Buenos Aires Argentina y esta presentando en este momento dos espectáculos: “GPS barrial (Turismo humano)” y “El loquero de Doña Cordelia” para más informacióm www.ccbarracas.com.ar
El Circuito Cultural Barracas forma parte de la Red Nacional de Teatro Comunitario (Argentina) formada por más de 50 grupos de Teatro comunitario. Red Latinoamericana de teatro en comunidad, Red Latinoamericana de Arte y Transformación Social.
– Director teatral y dramaturgo, fundador del grupo de teatro Los Calandracas en 1987 grupo nacido como teatro de calle y que realiza desde 1989 la tecnica Teatro Para Armar inspirada en el Teatro Foro de Augusto Boal. El grupo Los Calandracas inicia un trabajo teatral comunitario en el barrio de Barracas, ciudad de Buenos Aires Argentina en 1996 con el nombre de CIRCUITO CULTURAL BARRACAS Este proyecto junto al grupo Catalinas Sur a promovido el desarrollo de grupos de Teatro Comunitario en Argentina, Italia, España y Uruguay formando una red nacional en Argentina con más de 50 grupos con estas características. Autor entre otras obras de “El Soplador de estrellas” “Los chicos del cordel” “Zurcido a mano” “Purolucro rompe todo” “El loquero de Doña Cordelia”.
Publicamos aqui um texto sobre o teatro operário argentino
Este texto nos foi enviado por nosso companheiro Carlos Fos, pesquisador argentino
A pedido nosso ele nos fala um pouco sobre si mesmo:
– Historiador y antropólogo teatral, dedicado al análisis de las fiestas de comunidades indígenas y al estudio del teatro de producción obrera. Coordino equipos de investigación sobre la ritualidad, el anarquismo y su producción cultural, de historia de salas porteñas y del Teatro San Martín. Entre más de veintiséis libros publicados menciono: El camino del ritual, La fiesta de San Lucas, un desafío y En las tablas libertarias, siendo colaborador de revistas especializadas locales y extranjeras y redactor de artículos en libros colectivos y estudios preliminares en diversas publicaciones. Codirector del Centro de Documentación de teatro y danza del CTBA e investigador del Centro Cultural de la Cooperación en Buenos Aires. Presidente de la AINCRIT (Asociación de crítica y teatro de la Argentina) y asesoro centros de documentaciones y archivos teatrales.
Una opción didáctica de transmisión de idearios políticos
Los debates en torno a la identidad nacional han sido numerosos y generaron un corpus de análisis, desde las diversas ciencias sociales, tan rico como contradictorio. Junto a reflexiones de profundidad y lógica teórica indiscutible se cuelan interpretaciones capciosas, sostenidas en la mera opinión y la reiteración de fórmulas vacías de contenido real. Son expresiones de ideologías conservadoras que desean establecer un origen mítico de las nacionalidades, con el único objetivo de manipular a las masas y sumirlas en una serie de frases peligrosas en sí mismas que son grabadas en el universo colectivo. En este sentido, los sectores que detentan el poder fáctico requieren de contingentes de personas enajenadas, incapaces de ejercer el pensamiento crítico y cuestionarse valores, preceptos e historias comunes de procedencia ficcional. Concebir a la identidad como un todo, y no como una paleta de múltiples expresiones, es un grave error que ya no admite ningún tipo de intercambio de posturas serias. Pero entender a ese supuesto todo esencial como incapaz de transformarse y emparentado con un espacio edulcorado y artificialmente construido del pasado dorado al que siempre hay que recurrir, es una estrategia usada en pos de la construcción de un discurso homogéneo y blindado, operación política que ha tenido mucho éxito al contar con sistemas educativos que refuerzan en sus contenidos este despropósito científico.
Segue o texto completo
1ª parte
2ª parte
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