Augusto Boal

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A equipe de curadoria do projeto Pompeia Conta Boal festeja o grande êxito da iniciativa, celebrando o encerramento das atividades. Após o show Cancioneiro Boal, com Tom Zé, Zezé Motta e Juçara Marçal, um brinde no hall do teatro selou essa importante atividade cultural em território paulista.

Conheça a experiência do Teatro do Oprimido em Moçambique,  por Valerie Campos Mello* e Alvim Cossa
No sábado dia 8 de dezembro o grupo do Teatro do Oprimido de Maputo participou da abertura da Marcha dos Homens pela Paz e Contra a Violência de Gênero. A marcha, convocada pela organização Homens pela Mudança – HOPEM – acontece no contexto dos 16 dias de ativismo contra a violência de gênero, que mobilizam ativistas e organizações do mundo inteiro no período que vai de 25 de novembro, Dia Internacional de Combate a Violência Contra a Mulher, até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A marcha contou com o apoio da Onu Mulheres. O Grupo do TdO- Maputo apresentou duas peças sobre a violência contra  a mulher que contaram com uma forte participação do público e foram muito bem recebidas. O impacto  foi forte, mostrando a todos que ‘e possível mudar essa realidade e as atitudes dos homens em relação a violência contra a mulher.
A Marcha pela Paz que seguiu a apresentação reuniu cerca de 1.000 pessoas, homens e mulheres, pelas ruas de Maputo com o objetivo de conscientizar as populações, sobretudo os homens, sobre a urgência de lutar contra um mal que afeta cerca de 55% das mulheres em Moçambique. O objetivo ‘e uma melhor implementação da lei de 2009 contra a violência doméstica.
Após esse evento, espera-se uma parceria permanente entre o TdO- Maputo e a Onu Mulheres na mobilização pela igualdade de gênero e o empoderamento da mulher em Moçambique.

(*)  Mestre e doutora em Ciência Política. Fez carreira nas Nações Unidas na área de diplomacia preventiva, prevenção de conflitos e missões políticas em vários países da Africa. Desde Agosto 2012 é representante da Onu Mulheres em Mocambique, com o mandato de promover a igualdade de gênero, a participação política e empoderamento econômico das mulheres.


Teatro do Oprimido, teoria crítica e transformação social, por

José Soeiro*

O artigo apresentado aqui  retoma grande parte dos argumentos expostos numa conferência feita no âmbito de um debate promovido pela CULTRA – Cooperativa Cultura, Trabalho, Socialismo, com o tema “A Revolução, o que é?”, no dia 3 de novembro de 2011, na Lx Factory em Lisboa.

O texto resulta ainda de uma intervenção cujo título era “Rehearsal of What?”, feita em palestra por Julian Boal, na Conferência Internacional “Pedagogy and Theatre of the Oppressed Conference” na Universidade de California Berkeley em junho de 2012.

Boa leitura!

(*) José Soeiro é sociólogo e curinga de Teatro do Oprimido. Trabalhou utilizando TO em diferentes coletividades. Coordenou o primeiro projeto de Teatro Legislativo em Portugal, “Estudantes por Empréstimo”. Foi deputado na Assembleia da República entre 2008 e 2011, um autores da atual lei da identidade de gênero. Dirigente da cooperativa cultural CULTRA, é o responsável pela edição portuguesa da revista Transform!

Os amigos e sempre companheiros do Teatro União e Olho Vivo estreiam espetáculo e homenageiam Augusto Boal.

No terreno onde se encontra o teatro, a Praça Augusto Boal

Na foto, Cesar Vieira diretor do TUOV entrega um livro para Cecilia Boal

Dos de los acólitos formados en el sindicato de panaderos de Rosario se destacaron en sus largos recorridos por los montes del norte de Santa Fe y Chaco. Se trata de Isidro Vega y Valiente Gutman. Vega había trabajado parte de su juventud como linotipista y con sus conocimientos fue un impulsor del uso del boletín y, cuando los medios lo permitían, del periódico. Sentía a la palabra escrita como un triple compromiso militante, que involucraba al que la escribía, al impresor y al osado distribuidor. En muchas ocasiones, estas tareas tan especializadas y segmentadas en las propuestas burguesas estaban en manos de una misma persona. La circulación del material en épocas o zonas de riesgo (por la represión
creciente) demandaba prácticas sostenidas en el sigilo y la simulación. Los espacios de encuentro en los que se realizaba el trueque de periódicos o volantes eran públicos y ante cualquier peligro detectado, la operación se abortaba. Pero estas dificultades no eran capaces de disminuir la pasión de
los libertarios por expresar sus ideas en tinta y papel. Vega era un fiel exponente de esta tozudez positiva, capaz de dedicarle días a la redacción de sus artículos y a diseñar canales para que los mismos fueran leídos por el mayor número posible de adherentes al movimiento.

Clique aqui para acessar o texto completo.

Programa da peça I Feira Paulista de Opinião (5 de junho de 1968).
Transcrito de uma cópia mimeografada do Acervo Augusto Boal.

Os reacionários procuram sempre, a qualquer pretexto, dividir a
esquerda. A luta que deve ser conduzida contra eles é ás vezes, por eles conduzida no seio da própria esquerda. Por isso, nós – festivos sérios ou sizudos – devemos nos precaver. Nós que, em diferentes graus desejamos modificações radicais na arte e na sociedade, devemos evitar que diferenças táticas de cada grupo artístico se transformam numa estratégia global suicida.
O que os reacionários desejam é ver a esquerda transformada em saco de gatos; desejam que a esquerda se derrote a si mesma. Contra isso devemos todos reagir: temos o dever de impedi-lo.

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Izaías Almada, companheiro de Augusto Boal no Teatro de Arena e também na cela do presídio Tiradentes, tem o projeto de escrever uma biografia de Boal, da qual postamos aqui o “roteiro”.
Izaías Almada, escritor, dramaturgo e roteirista, tendo iniciado seu trabalho em teatro com Augusto Boal no Teatro de Arena em 1964.
Ganhou o prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos com a peça UMA QUESTÃO DE IMAGEM. Escreveu, entre outros, o livro TEATRO DE ARENA: Uma Estética de Resistência, publicado pela Editora Boitempo.
Clique aqui para acessar a monografia apresentada ao PROAC nº 28 – Pesquisa em Artes Cênicas, intitulada “BOAL: Embaixador do teatro brasileiro”.

No contexto do evento do SESC foi confeccionado um catálogo, para o qual a professora Priscila Matsunaga, da UFRJ, escreveu este texto abaixo.

Em sua autobiografia, Hamlet e o filho do padeiro, lançada no Brasil em 2000, Augusto Boal divide parte de sua vida em períodos de quinze anos: quinze no Teatro de Arena, quinze no exílio, quinze de volta ao Brasil. Naquele momento, Boal se preparava para um novo caminho teatral, a Sambópera, revelando o permanente interesse na problematização dos cânones teatrais.

Clique aqui para acessar o texto completo.

O diretor Sergio de Carvalho dá as últimas instruções a João Pedro Stedile momentos antes da leitura da peça Revolução na América do Sul, que inaugurou em 13 de novembro a grande mostra dedicada a Augusto Boal no SESC Pompéia, São Paulo.

Parte do projeto Pompeia conta Boal, a palestra “Teoria e Prática do Seminário de Dramaturgia do Arena: a utilidade da dialética”, reuniu mestres do Teatro de Arena, nesse dia 15  de novembro, para reverenciar Augusto Boal.
Com mediação de Sergio de Carvalho, o público presente pôde ouvir e participar de debate com os dramaturgos Lauro César Muniz, Chico de Assis e Benedito Ruy Barbosa.

Da esquerda para direita estão Cecilia T. Boal, Benedito Ruy Barbosa, Sergio de Carvalho, Lauro Cesar Muniz e Chico de Assis.


Outro encontro promovido pelo Pompéia conta Boal aconteceu nesse sábado, dia 17 de novembro.  A leitura cênica feita a partir de escritos em torno de Feira Paulista de Opinião reuniu Milton Gonçalves, Isabel Teixeira, Rodrigo Bolzan, Danilo Grangheia e Cecilia Boal.  A direção foi de Marco Antônio Rodrigues.

As leituras fazem parte da homenagem a Augusto Boal, que acontece até o dia 14 de dezembro, no Sesc Pompeia, São Paulo.

Confira a programação completa.



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