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Bertolt Brecht tem muito a ver com a minha vida teatral, e isso por muitas razões e de muitas maneiras. Curiosidade: comecei minha carreira como diretor profissional no mesmo ano, e quase no mesmo mês, em que ele morreu, em 1956.
Sua primeira peça que dirigi foi “A Exceção e a Regra”, creio que em 1960, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista. O elenco era composto exclusivamente de operários, e nossas platéias também. Trata-se de uma peça simples que analisa as relações entre o patrão e o empregado, e a alienação de um ser humano a outro.
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Dulce Pandolfi é pernambucana. Foi presa no Rio de Janeiro quando ela tinha 21 anos
Segue o seu depoimento:
Por acreditar que no Brasil de hoje a busca pelo “direito à verdade e à memória” é condição essencial para nos libertarmos de um passado que não podemos esquecer, aceitei o convite da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro para fazer hoje, aqui, esse depoimento.
Mesmo sem nenhum mandato, quero falar em nome dos presos, torturados, assassinados e desaparecidos pela ditadura militar que vigorou no nosso país entre 1964 e 1985.
Como historiadora, sei que a memória não diz respeito apenas ao passado. Ela é presente e é futuro. Os testemunhos que estão sendo dados à Comissão da Verdade, embora sobre o passado, dizem respeito ao presente e apontam para o futuro, por isto mesmo espero que ajudem a construir um Brasil mais justo e solidário. Sei também que da memória – sempre seletiva – , fazem parte o silêncio e o esquecimento. Por isso, nessas minhas fortes lembranças, permeadas por ruídos, odores, cores e dores, estarão presentes ausências e esquecimentos.
Nascida e criada em Recife, fiz parte de uma geração que sonhou e lutou muito. Queríamos romper com as tradições, acabar com miséria e com as injustiças sociais, reformar a universidade, derrubar a ditadura, enfim, queríamos transformar o Brasil e o mundo.
Pensar al teatro porteño desde las formas de producción. Un breve recorrido a un camino de fuerte contenido estético y político
Carlos Fos
La avalancha inmigratoria operada en las últimas décadas del siglo XIX y continuada en
el siguiente, cambió el rostro del país, no sólo en su estructura social sino en las
construcciones culturales. No podemos referirnos a este proceso como a un todo
homogéneo, pues llegan al país oleadas de individuos de procedencia europea, la mayor
parte de los cuales sufrían las consecuencias de la inestabilidad política y económica de
sus lugare de origen. Esa marea de costumbres, idiomas, dialectos, artes, buscaba un
espacio para un nuevo comienzo, sin los sinsabores de la tierra que debían dejar. El
proceso de adaptación fue gradual, pues la mayoría no hallaba la posibilidad de
prosperar laborando en latifundios, (gran parte de los inmigrantes eran campesinos o
artesanos y no se les dieron la mínima infraestructura para desarrollar su tarea con
dignidad) retornando a Buenos Aires o a otras ciudades puerto para ganarse el sustento
diario. También arribaron militantes políticos, perseguidos en sus países, genuinos
responsables del nacimiento de los sindicatos modernos en Argentina. Anarquistas,
socialistas, mujeres y hombres con una mochila cultural de peso, se unían a legiones de
obreros iletrados y a una minoría de extranjeros preexistente, con peso en la comunidad
local.
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Procedimentos formais do jornal Injunction Granted (1936), do Federal Theatre Project, e de Teatro Jornal: Primeira Edição (1970), do Teatro de Arena de São Paulo
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-06052013-102207/pt-br.php
(link para a biblioteca digital da USP)
O presente estudo analisa os procedimentos formais do jornal vivo, forma teatral fundamentada na encenação de notícias, conforme o gênero configurou-se nos Estados Unidos e no Brasil. Para tanto, define como objeto, do lado estadunidense, o jornal vivo Injuction Granted (Liminar é Concedida), produzido no âmbito do Federal Theatre Project (Projeto Federal de Teatro), iniciativa do Governo de Franklin Roosevelt para lidar com o desemprego provocado pela Grande Depressão, na década de 1930. Do lado brasileiro, faz-se uma leitura de Teatro Jornal: Primeira Edição, exposição didática de nove técnicas de encenação desenvolvidas por jovens artistas reunidos no Teatro de Arena de São Paulo e sistematizadas pelo teatrólogo Augusto Boal. O trabalho é introduzido por uma breve história da forma do jornal vivo, consolidada no período da Revolução Soviética, que procura apresentar suas principais manifestações e alguns dos caminhos que percorreu, principalmente nas décadas de 1920 e 1930. Demonstra-se que o jornal vivo sempre foi uma forma teatral ancorada na luta dos trabalhadores, sendo uma vertente central da arte de agitação e propaganda. A análise de suas manifestações nos Estados Unidos e no Brasil, dessa maneira, leva em conta o momento histórico dos países quando da produção das referidas peças, tentando relacionar conformação estética e horizonte político continuamente. O materialismo histórico ampara tal reflexão e, mais especificamente, sua aplicação ao pensamento sobre teatro, consubstanciada na teoria do teatro épico, desenvolvida por pensadores como Bertolt Brecht, Peter Szondi e Anatol Rosenfeld.
Teatro Invisível acontece no espaço público em frente de espectadores que não sabem que são espectadores. O nome do teatrólogo brasileiro Augusto Boal (1931-2009), fundador do Teatro do Oprimido está ligado com este instrumento subversivo de intervenção política.A primeira parte do livro conta a história, discute a teoria do Teatro Invisível e mostra as possibilidades dessa forma de teatro dentro da repolitização do teatro nos últimos tempos.A segunda parte é um Manual que explica e mostra as técnicas do Teatro Invisível. A terceira parte é um relatório que documenta exemplos de ações invisíveis realizadas na Alemanha.O livro saiu na Editora Alexander Verlag em Berlim que também publica as obras de Peter Brook, Jerzy Grotowski, Lee Strasberg, Hans Thies Lehmann, Michael Haneke, Jan Kott, Yoshi Oida.Henry Thorau foi redator da revista Theater heute, dramaturgista-chefe no Teatro Freie Volksbühne Berlin (antigo teatro de Erwin Piscator), trabalhou nesta função com os diretores Klaus-Michael Grüber, Rudolf Noelte, Peter Zadek e Johann Kresnik. É o tradutor das obras de Augusto Boal, Nelson Rodrigues e Plínio Marcos na Alemanha. Hoje é professor titular na Universidade de Trier na Alemanha e Diretor do Departamento de Estudos Brasileiros e Portugueses.É autor dos livros (entre outros): Perspectivas do Moderno Teatro Alemão, São Paulo: Editora Brasiliense 1984; e (em colaboração com Marina Spinu): Captação – Trancetherapie in Brasilien. Eine ethnopsychologische Studie über Heilung durch telepathische Übertragung. Berlin: Reimer Verlag 1994.http://www.alexander-verlag.com/programm/titel/297-Unsichtbares_Theater.html
Jornal da Unicamp – Outubro de 2000
Páginas 8 e 9
CONGRESSO
As novas formas de sofrimento
“A psicopatologia do século 21″ foi o tema de encontro na Unicamp
que por três dias envolveu médicos, artistas, escritores e jornalistas
na discussão da doença mental
O surgimento de novas formas de sofrimento no mundo moderno impõe desafios a psiquiatras, psicanalistas e psicólogos, que se ocupam cada vez mais em tentar entender, em suas atividades clínicas, a origem desse sentimento. Sofre-se por falta de emprego, por pressões políticas e, principalmente, pela ausência de projetos futuros. Busca-se soluções mágicas para a cura da dor, que causa incômodo e mal-estar na sociedade considerada normal . “O ser humano é o único dotado de um sofrimento intrínseco, decorrente do excesso, de algo que incomoda, perturba ou provoca insatisfação”, atesta Manoel Tosta Berlink, do Laboratório de Psicopatologia Fundamental da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Ciência que concebe a doença mental como um excesso (a que se chama depathos), a Psicopatologia Fundamental não pretende se ocupar das doenças existentes, mas procura trabalhar com experiências vividas no dia-a-dia da atividade clínica. O sofrimento humano não é novidade, mas constitui-se em um dos principais desafios para a Psicopatologia Fundamental.
PARA QUE SERVE O TEATRO?
Organizado pela prof Priscila Matsunaga o curso começa a partir da proxima terça feira dia 30 e termina na ultima terça feira de junho
segue o programaçao
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