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Salão Nobre do Theatro Municipal
Convidamos você! Participe conosco!
Dia 12 de agosto, segunda feira, às 19h.
A Sociedade Brasileira de Autores Teatrais – SBAT é uma sociedade sem fins lucrativos, definida como de utilidade pública, que arrecada e distribui direitos autorais aos seus associados. A Sociedade também atua recolhendo os direitos de autores de outros países encenados no Brasil e enviando esses direitos para as Sociedades congêneres no exterior. Bem como recebe os direitos dessas mesmas Sociedades quando nossos autores são encenados no estrangeiro.
A SBAT foi sempre dirigida e administrada por autores teatrais e compositores, integrantes do seu quadro social e eleitos em Assembléias Gerais. Sua missão é zelar pelos direitos do autor, difundir a dramaturgia e estimular a atividade autoral realizando plenamente sua vocação de centro cultural da dramaturgia no país. Ela é a guardiã da obra teatral, dos grandes direitos, do imenso acervo teatral brasileiro e também garante o cumprimento da Lei de Direito Autoral. Na SBAT a propriedade intelectual dos nossos autores e de seus descendentes sempre esteve e sempre estará garantida.
Desde 1917 em defesa do direito autoral.
Reconhecida como Utilidade Pública Federal pelo Decreto no 4.092 de 4 de Agosto de 1920.
A SBAT foi fundada em 1917 por obra de Chiquinha Gonzaga que via suas composições se difundindo pelo país e até pelo mundo sem que houvesse nenhum pagamento por isso. Seu primeiro presidente foi João do Rio e contou com Viriato Correia para secretariar e assinar a Ata de Fundação no dia 27 de setembro de 1917.
Gestões incompetentes e fraudulentas levaram, nos últimos anos, a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais a um situação extremamente difícil de quase insolvência. Aderbal Freire Filho junto com Alcione Araujo, Ziraldo e Millôr Fernandes, em 2004, assumiram a responsabilidade sobre a SBAT, através de um Conselho Diretor e decidiram reabilitar a Sociedade. Mas as dificuldades foram tantas e tantos eram os problemas acumulados que ao longo desses quase dez anos a situação foi piorando. Aderbal acabou ficando sozinho nessa luta e até comprometendo seu patrimônio pessoal tal era o montante das dívidas trabalhistas e impostos atrasados. Mas pela SBAT, o grande marco cultural do país, a casa do Teatro Brasileiro, que foi a primeira Sociedade de autores criada na América Latina, valia a pena lutar para preservar esse grande patrimônio cultural do país.
Aderbal, no Rio de Janeiro, reuniu em abril desse ano, a classe teatral no Teatro Ipanema e explicou em detalhes os fatos que levaram a SBAT a essa situação extremamente difícil. Embora tardiamente, pediu ajuda e apoio à causa da SBAT, que estava prestes a fechar suas portas. A classe reunida imediatamente se prontificou a ajudar com apoio de considerável maioria que se organizou e passou a ocupar a nossa Sociedade impedindo seu fechamento. Daí surgiu o Movimento SBAT – 100 anos 1917 – 2017, com o objetivo de chegar ao centenário com as contas saneadas. Com isso queremos que a SBAT volte a ser reconhecida como a casa do artista brasileiro. O Movimento pensa uma SBAT para o futuro que viverá não somente da arrecadação dos direitos teatrais, mas também dos direitos audiovisuais, devolvendo a ela o seu papel de pólo irradiador de cultura.
Nosso objetivo é fazer o mesmo em São Paulo: uma reunião para esclarecer as razões para que a classe teatral paulista participe também dessa luta. Para isso preparamos um encontro num espaço simbólico para a cultura brasileira, o
Salão Nobre do Theatro Municipal.
Convidamos você! Participe conosco!
Dia 12 de agosto, segunda feira, às 19h.
A todos los hombres que aman la libertad y luchan por un mundo mejor. Dedicatoria de Pedro Berruti al comienzo de su versión comentada de Un enemigo del pueblo de Ibsen.
Por Carlos Fos
“No vengo, pues, a distribuir halagos ni prometer liberalidades. Me dirijo al país, no para darle, sino para pedirle, bajo el signo imperioso del grave momento en que se encuentra. Para pedirle esfuerzo, continencia y sacrificio.”
Palabras del presidente de facto Eduardo Lonardi pronunciadas en su discurso del 16 de octubre de 1955
Baixe o texto aqui
Fiéis seguidores do blog do Instituto A. Boal, se vocês têm um tempinho, divirtam-se lendo essas duas críticas teatrais. A primeira foi escrita em 1981 por Yan Michalski no Jornal do Brasil, sobre a peça A Tempestade com texto de Augusto Boal. A segunda, da toda poderosa Bárbara Heliodora, refere-se a O Patrão Cordial, de Sérgio de Carvalho, atualmente em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.
É interessante notar as semelhanças na linguagem, embora tenham-se passado mais de trinta anos. Os dois críticos coincidem em dizer que os espetáculos apresentam “discurso panfletário”, “superado”, “caricato”, “inaceitável”, “maniqueista”, e uma “linguagem defasada”.
Bárbara qualifica o Patrão de “obra antiquada”, oferecendo uma “crítica sociopolítica simplória” e uma “expressão dramática pobre e repetitiva”. Yan escreve que a obra do Boal “reduziu (…) a um esquematismo (…) ineficiente (…) uma realidade tão infinitamente mais complexa”. Segundo Bárbara, a obra do Sérgio “reduz tudo a uma simplificação quase de história em quadrinhos”.
Mudamos de século, mas os críticos utilizam a mesma linguagem para se referir à espetáculos focados em preocupações políticas e sociais.
O que houve com os críticos? Será que em trinta anos não evoluiram nada?
É com muita emoção que partilhamos o convite da turma Augusto Boal, para celebrar a conclusão do curso de graduação em Arte e Educação promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), no próximo dia 19 de julho.
Visualize o convite aqui
Para a ocasião, publicamos aqui o texto A Terra é redonda!, homenagem de Augusto Boal ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
A TERRA É RED0NDA!
Direção : Paulo José
Produção: Nena Inoue
Realização: Espaço Cênico
Abaixo, capa da nova edição dos Jogos para atores e não atores lançada pela editora grega Esofia.
Recife, Fortaleza, Salvador…
Murro em Ponta de Faca segue em turnê pelo Nordeste, com direção de Paulo José e produção de Nena Inoue.
Fonte: Jornal O POVO – Fortaleza Ceara 27.06.2013
Murro em ponta de faca discute a vida de seis personagens exilados pela ditadura militar brasileira. O texto é de Augusto Boal
Logo no início de Murro em Ponta de Faca, os personagens vão remoendo suas perdas: o músico Paulo (Gabriel Gorosito) lamenta os intrumentos que deixou no Brasil; a esposa dele, Maria (Laura Haddad), recebe a notícia da morte de um amigo; a operária Foguinho (Nena Inoue) chora a distância dos parentes que deixou na América do Sul.
Além deles, outros três – Barra (Abilio Ramos), marido de Foguinho; o Doutor (Sidy Correa) e a esposa, Marga (Erica Migon e Rachel Rizzo) – desfiam as faltas sentidas no estrangeiro. De extratos sociais e vivências distintas, os seis personagens criados pelo dramaturgo carioca Augusto Boal (1931-2009) têm em comum a marca do desterro e do exílio. É de perda e distância a matéria dessa peça.
(mais…)
Gilberto, que tem um grupo de pesquisa com jovens atores, manifestou o desejo de montar a peça do Boal “Revolução na América do Sul “. Ficou combinado que seria feita uma leitura no “Encontro Latino-americano de Teatro” que será realizado na UFRJ no mês de outubro.
Gilberto comentou : “Que história é essa de dizer que Boal é datado? Tudo é datado! Tudo é datado porque tem data, não é?
Eu respondi: “Por que não fazemos um encontro latino-americano de teatro de retaguarda? Já que não somos vanguarda, vamos fazer um encontro de teatro de retaguarda.”
Gilberto achou a idéia muito engraçada e começamos a brincar : “Olha quantos autores datados poderíamos colocar no nosso repertório! Shakespeare é super datado!
– Molière está datado também!
– Brecht também então, datadérrimo!
– Ésquilo, uma super velharia!”
Me ocorreu a idéia de criar uma companhia teatral que poderia se chamar : Os Dinosauros Felizes. Veja como fica legal: “Os Dinosauros Felizes apresentam : O Festival Teatral de Autores Datados!”
E Gilberto acrescentou : “Podemos botar como publicidade : consuma já, estão quase perdendo a validade! ”
Fica o convite feito então: mês de outubro na Ufrj
Quem sabe o datado, não volta a ficar na moda?
Essa peça faz parte do espetáculo Feira Paulista de Opinião que estreou em São Paulo em 1968. A peça foi encenada através de um ato de desobediência civil, pois tinha sido inteiramente censurada. Foi necessário uma liminar de um juiz da 7a vara da Justiça Federal para viabilizar a apresentação do espetáculo.
A lua muito pequena, que o próprio Boal qualificava de colagem, foi construída à partir de textos selecionados no Diário do Che na Bolívia.
Os atores estarão em cena durante todo o transcurso da peça –
São narradores de uma história conhecida – isto é, de uma história mal conhecida. Os atores se comovem ao conta-la e ao conhece – la melhor.
O ator que desempenha o Comandante deve ser sempre o mesmo; os demais atores revezam – se em todos os papéis, quando necessário.
Coringa –
Eu devo começar dizendo que chegamos a conclusão de que a morte do comandante é dolorosamente certa.
Já muitas vezes foi anunciada sua morte, nunca chegamos a nos preocupar.
Desta vez, também , no começo, não nos preocupamos, mesmo quando começaram a chegar as primeiras fotos . Depois, noticias , desencontradas: uma cicatriz na mão esquerda e nenhum de nos se lembrava de ter visto qual quer cicatriz na mão do comandante. Depois, o tecido pulmonar, as impressões digitais, tudo, tudo podia ter sido forjado, tudo podia ser mentira. Menos a última prova: o seu diário e , nele, o seu pensamento. Uma fotografia pode ser retocada; até mesmo o rosto de um homem pode ser desfigurado; porém o seu estilo não pode nunca ser imitado.
A notícia da sua morte é dolorosamente certa.
A entrevista a seguir foi realizada em 2007 por Dodi Leal e Clóvis Lima, na ocasião alunos do prof. Sérgio de Carvalho no curso de Artes Cênicas da USP. O assunto que motivou o encontro com Boal no CTO-Rio foi levantamento de informações sobre o espetáculo Arena Conta Tiradentes. Felizmente nesta ocasião Boal compartilhou várias reflexões sobre a Estética do Oprimido. Sob a orientação do Sérgio e com prévia autorização do Boal, a conversa foi transcrita e originalmente publicada na íntegra em 2009 na revista eletrônica teatral Questão de Crítica com o título Do Teatro de Arena à estética do Oprimido – Conversa com Augusto Boal.
Trechos da conversa comporão o documentário Espect-ator (realizado pela produtora audiovisual DOArouche) que investiga como iniciativas de TO contribuem para a formação e transformação do espectador teatral e das comunidades. Ainda na fase de montagem, o longa contém cenas e depoimentos dos participantes da V Feira Paulista de Teatro do Oprimido que aconteceu de 30 de maio a 2 de junho de 2013 no Guarujá-SP. O documentário tem previsão de lançamento e circulação para o ano de 2013.
Para mais informações sobre o documentário, acesse o site da produtora audiovisual DOArouche : http://www.doarouche.com/
Para mais informações da Feira que reúne o movimento de coletivos e praticantes de TO em São Paulo, acesse : http://feirapaulistato.blogspot.com.br/
Autor: Douglas Leal
Em lembrança viva ao teatrólogo Augusto Boal, falecido no dia 02 de maio de 2009, publica-se a entrevista realizada no Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro em 15 de outubro de 2007 por Douglas Tavares Borges Leal e Clóvis de Lima Gomes sob orientação do professor Sérgio de Carvalho da Universidade de São Paulo e diretor da Cia. do Latão. A entrevista, sem cortes de edição, aborda em especial a fase dos musicais do Teatro de Arena de São Paulo passando por questões da dramaturgia, da crítica, do sistema curinga e do tema do herói e da empatia. Trata também das novas pesquisas do Boal, sobretudo da Estética do Oprimido, projeto teórico e programa político no qual se concentrou nos últimos anos e que teve como propósito o estímulo ao pensamento estético humano por meio do acesso à produção artística. A entrevista contribui para a compreensão de elementos comuns e críticos da trajetória entre o Teatro de Arena e o Teatro do Oprimido e ajuda a refletir sobre as características do teatro brasileiro cuja versão engajada de Boal ganhou proporções mundiais, sendo praticado por milhares de atores, diretores e educadores de todos os continentes. Em 2008, Augusto Boal foi pré-indicado ao Prêmio Nobel da Paz e em 2009 foi nomeado Embaixador Mundial do Teatro pela UNESCO.
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