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50 anos do golpe: uma entrevista com Silvio Tendler (I)
Silvio é membro do Conselho do Instituto Augusto Boal
Se dez vidas ele tivesse, com todas elas faria cinema político.
10/03/2014 – Copyleft- Léa Maria Aarão Reis

“Não há censura política, mas há uma censura econômica em cima dos filmes políticos brasileiros que pertencem a uma bela safra de produções de alta qualidade, mas à qual o povo não tem acesso,” diz o cineasta Silvio Tendler, professor de cinema e história na Faculdade de Comunicação da PUC-Rio e festejado diretor de dois clássicos do nosso cinema político – Jango e Os anos JK, as maiores bilheterias de docs nacionais. Conversamos com Tendler no escritório da sua produtora, a Caliban, no Rio de Janeiro, em Copacabana, onde ele também respondeu às perguntas enviadas de Buenos Aires pelo jornalista argentino Dario Pignotti. Dividimos, por isto, a sua entrevista em duas partes.
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Divulgação/Jairo Goldflus
Por Eduardo Campos Lima
Antonio Fagundes ingressou no Teatro de Arena de São Paulo em 1966, como ator da peça Farsa de Cangaceiro com Truco e Padre, de Chico de Assis, encenada pelo Núcleo 2. No ano seguinte, substituiu Jairo Arco e Flexa em Arena Conta Tiradentes, passando ao núcleo principal. Encerrada a temporada, trabalhou na encenação de O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht – peça que ficou um único dia em cartaz. O fracasso se deu, segundo ele, devido ao descompasso entre as condições de produção do Arena e as proporções do Teatro Hebraica, onde foi apresentada. “Era um palco italiano monstruoso, com um elenco pequeno, em uma peça do Brecht. Então, aquilo sumiu no palco”, analisa.
Enquanto montavam, ao longo de apenas uma semana, o próximo trabalho – La Moschetta, de Angelo Beolco –, da qual participaram, além de Fagundes, Sylvio Zilber, Myriam Muniz e Gianfrancesco Guarnieri, tinha início a preparação da Primeira Feira Paulista de Opinião, organizada por Augusto Boal a partir de ideia do dramaturgo Lauro César Muniz.
Na entrevista a seguir, Fagundes fala sobre a Feira, que congregou alguns dos mais importantes autores do período, além de compositores e artistas plásticos.
O projeto de fazer a Primeira Feira Paulista de Opinião chegou a vocês, atores? Como foi o processo de concepção?
Chegou, pois sempre conversávamos muito no Arena, tudo era muito discutido. Mas, na verdade, isso veio mais da cabeça do Boal. Foi ele quem organizou. Ele tinha uma peça, o Guarnieri tinha uma outra peça… Eram peças curtas, de dez, quinze minutos cada uma. (mais…)

Feira antropofágica de opiniões
Clayton Lima/Cia. Antropofágica
Por Eduardo Campos Lima
Além de ter ocasionado o encontro de grupos teatrais, músicos e poetas, a II Feira Paulista de Opinião ou I Feira Antropofágica de Opinião, organizada pela Cia. Antropofágica nos dias 15 e 16 de fevereiro, contou com a participação de alguns dos integrantes da I Feira, realizada em 1968 pelo Teatro de Arena e dirigida por Augusto Boal. Um deles foi Derly Marques, fotógrafo do Arena nos anos 1960.
Em 1965, alguém chamou Derly para fazer fotos de Arena Conta Zumbi. Naquele momento, ele era um estudante do segundo ano do curso de cenografia da Escola de Arte Dramática de São Paulo – então coordenado pelo arquiteto e cenógrafo Flávio Império – e diagramador na Editora Abril. Derly, que havia fotografado por oito anos, em Belo Horizonte, o trabalho do Teatro Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais e do Teatro Experimental (ambas iniciativas criadas nos anos 1950), não lembra mais quem fez o convite – só sabe que, após fazer oito fotos da peça de Gianfrancesco Guarnieri e Boal, não parou mais. (mais…)
1) Exposição “Resistir é Preciso…”, criada pelo Instituto Vladimir Herzog, é um projeto pioneiro, de longo alcance, que apresenta fragmentos da história do Brasil, a partir das publicações e das pessoas – jornalistas, escritores, estudantes e ativistas políticos – que resistiram à ditadura militar brasileira através da palavra impressa.
Local: CCBB (Rua Primeiro de Março, 66, Centro)
Data: Até 28 de Abril
Link: http://www.resistirepreciso.org.br/ccbb/
2) Exposição “Em 1964 – Arte e cultura no ano do golpe”
O Instituto Moreira Salles dedicará parte de sua programação anual para discutir os 50 anos do golpe militar que instalou a ditadura no Brasil. Em 1964 propõe uma imersão neste momento decisivo para o país a partir do ponto de vista de artistas e intelectuais cujos acervos estão sob a guarda do IMS ou que têm vínculos diretos com suas atividades.
Local: IMS (Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea)
Data: até 23 de Novembro
Link: http://www.artehall.com.br/agenda/em-1964-arte-e-cultura-no-ano-do-golpe-no-instituto-moreira-salles-rio-de-janeiro/
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A Faculdade de Letras da UFRJ, onde encontra-se o arquivo de Augusto Boal, divulga o link de nosso blog em seu próprio site, e em breve disponibilizará mais conteúdos e informações.
http://www.letras.ufrj.br/
Le M20 affaibli, son esprit se déploie…autrement
Publié le 20/02/2014 | 12h00 | Nizar Bennamate

Alors qu’on commémore le 3e anniversaire du mouvement contestataire du “20 Février”, nous sommes allés à la rencontre de ces jeunes qui ont créé leurs propres outils pour le changement.
Il y a trois ans, le Maroc assistait à la première sortie du Mouvement du 20 février (M20F). La contestation a perdu sa force de frappe. Les personnes derrière la naissance du mouvement n’ont pas baissé les bras pour autant. Du culturel aux droits de l’Homme, plusieurs initiatives ont vu le jour, gardant l’esprit du mouvement qu’ils ont participé à créer. H24info vous livre une liste non exhaustive de projets qui ont vu le jour après le recul du M20. (mais…)