Augusto Boal

Blog

No início da década de 1990, Augusto Boal foi vereador do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Augusto Boal transformou a política tornando seus assessores os membros do Centro de Teatro do Oprimido e utilizando o teatro como método para a formulação de leis.
campanha7
O mês de Agosto será destinado a divulgação do trabalho de Boal como vereador e o Teatro Legislativo. #Boalvereador

A partir de 18 de agosto a peça Murro em Ponta de Faca, escrita por Augusto Boal em 1974 e dirigida por Paulo José, estará em turnê por 11 cidades do Paraná.
Acompanhe a agenda pelo site: http://murroempontadefaca.redelivre.org.br/
Cecilia Boal fala sobre o espetáculo:

Resolvi aceitar o convite de Nena Inoue, convite urgente, porque ele vai me permitir contar uma historia. Muito se pode dizer sobre o exílio, sobre o sofrimento que causa ter que abandonar seu Pais, sua língua, seus amigos, tudo aquilo que nos dá identidade, para se tornar um estrangeiro. Poderia falar da dor de ser um estrangeiro, um estrangeiro de verdade, no quotidiano, sem nenhuma consideração filosófica

Coisas bem tristes! Por isso achei mais bonito, mais alegre e divertido contar como foi que o meu exílio começou. Conheci Augusto Boal em Buenos Aires em 1966. Eu era uma jovem atriz representando uma peça de teatro num teatro portenho enorme e sombrio. Um dia uma noticia sacudiu o teatro e as suas vetustas estruturas. Tinha chegado um diretor do Brasil. Naquela época o Brasil para mim ficava tão longe como a Austrália. Mas o diretor era charmoso, muito charmoso! E vinha antecedido de uma fama retumbante, era um revolucionário, um militante politico e teatral, um homem perseguido. E eis que este diretor aparece um pouco mais tarde no meu camarim para me convidar a participar do seu próximo espetáculo. Uma semana depois estávamos vivendo juntos. Vim com Boal para São Paulo e o acompanhei pelo mundo. Nunca mais nos separamos, ele foi o meu país. Muitos anos mais tarde, muitos mesmo, já morando de volta no Brasil, um dia me dei conta de uma coisa muito curiosa: a peça que eu representava no momento em que Boal apareceu no meu camarim era uma adaptação de um conto de Scholem Aleijem. É a historia de uma moça que se apaixona por um homem de circo e vai embora com ele. O conto se chama Destinos Errantes. E, de certa forma, o Boal foi sempre assim, um homem de teatro traçando um destino glorioso e mambembe, colado numa mala que guardava sempre pronta embaixo da cama. Porém, tantos desenraizamentos, tantos desterros, não abalaram nunca a sua força, a sua alegria, a sua imensa confiança nos seres humanos, na sua capacidade de transformação e na sua solidariedade O olhar do Boal sobre as coisas do mundo sempre foi um olhar confiante e generoso, alegre e divertido poderia falar horas sobre ele, escrever horas. Mas vou ficar por aqui.

Assistam à peça, ela fala mais e melhor do que eu. Bom espetáculo!

No início da década de 1990, Augusto Boal foi vereador do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT). No final de seu mandato em 1996, Boal publica o livro “Aqui ninguém é burro!”, compilação de seus pronunciamentos na Câmara.
Aqui ninguém é burro (capa)
O mês de Agosto será destinado a divulgação do trabalho de Boal como vereador e o Teatro Legislativo. #Boalvereador
Prefácio do livro “Aqui ninguém é burro” escrito em maio de 1966 e publicado pela Editora Revan:

Fiquei indignado! Tinha certeza de que alguma coisa grave estava acontecendo. Contra toda razão, a maioria dos vereadores tinha acabado de votar uma lei isentando companhias privadas do pagamento de impostos devidos. Não era justo. Não era honesto!
Em geral, sou educado e trato a todos com cortesia. Essa tarde, foi exceção; estava enfurecido. Pedi a palavra e, na tribuna, rugi: “Vossas excelências que votaram essa indignidade são todos ladrões ou são burros!!”
Voltei para minha bancada, envergonhado. Perguntei aos meus companheiros mais experientes o que devia fazer para remediar. Pedir desculpas? Aguentar firme? Deixar para lá?
Logo depois, alguns vereadores foram ao microfone protestar. Um deles, muito tranquilo, disse: “Sua Excelência, o nobre vereador Augusto Boal, exagerou. Ele disse que aqueles que votaram a favor da isenção são todos ladrões ou são burros. Sua Excelência sabe muito bem que, aqui, ninguém é burro.”
Foi um lapso. O vereador em questão é tido por todos como honesto, correto. Teria sido, então, fina ironia? Fosse o que fosse, foi boa sugestão para o título deste livro.
Livro feito de desabafos, assim chamados “pronunciamentos”. Escolhi aqueles que transcendiam o fato ou feito que os provocou. São todos sobre o Rio de Janeiro, sua gente, seus dirigentes. Procurei limpá-los de todas as formalidades camerísticas, todos “minhas senhoras e meus senhores, nobre isso ou aquilo”.
Falando da Câmara, espero estar falando do Rio de Janeiro. Do Rio, do Brasil. Do Brasil, desta engraçada condição humana.

Quando Nena me convidou para dirigir uma montagem de Murro em Ponta de Faca eu estava sem tempo nenhum. Mas Ficou aquela coceira mexendo no meu bestunto. Afinal, era uma forma de homenagear Augusto Pinto Boal, em artes Augusto Boal, e para nós, que havíamos trabalhado e aprendido tanto com ele, simplesmente Boal.

Boal trouxe para o Teatro de Arena o Método, forma abreviada de chamar o método que Constantin Stanislavski foi desenvolvendo em sua vida na arte.

Boal trouxe método ao nosso trabalho teatral, muitas vezes criativo, mas sem uma reflexão sobre o sentido da arte. Boal trouxe uma relação dialética entre paixão e ideologia, entre sentimento e razão, entre liberdade e responsabilidade. Num grupo teatral tão criativo como o Arena (tinha Guarnieri, tinha Juca de Oliveira, tinha Vianinha, tinha Chico de Assis, tinha Fauzi Arap, Flavio Migliaccio, Nelson Xavier, Milton Gonçalves, Ary Toledo, tinha tanta gente criativa!), alguém tinha de amarrar o guiso no gato, sistematizar as experiências, os laboratórios, o processo que leva um texto escrito a se transformar em teatro. Esse alguém era o Boal. Nós todos éramos adúlteros, tínhamos paixões pelo cinema, a tv nos seduzia, o Arena era um

entra-e-sai de recursos artísticos. Somente um sempre ficou segurando as pontas e as barras mais pesadas: ele, Boal. Em 1978 eu havia dirigido a primeira montagem de Murro em Ponta de Faca, sua peça mais pessoal, escrita durante seus anos de exílio. Uma peça emocionante, especialmente para nós, seus filhos/irmãos, que pudemos ter em mãos um documento precioso, mais do que uma peça teatral, um testemunho vivo de um exilado, mudando mais de país do que de sapatos, depois de prisão e

torturas no DOPS, OBAN, em São Paulo. A montagem de 78, que tinha produção de Othon Bastos, pretendia chamar a atenção sobre Boal, reforçando o movimento pró anistia. Infelizmente, quando Boal voltou ao Brasil a peça já havia saído de cartaz.

Passados mais de trinta anos, volto a vivenciar, como diz Boal, “as andanças de muita gente maravilhosa (cada qual no seu feitio) que eu andei encontrando, e  desencontrando, em tantos aeroportos, estações, gares, no sol ou na neve”.  Este espetáculo é um tributo a Boal, que nos deixou no ano passado.

Mas a equipe, elenco, recursos artísticos e técnicos, montada pela Nena, deixaria Boal orgulhoso, como deixaram este que vos escreve com a certeza que teatro vale a pena, o teatro nos engrandece, nos faz melhores. Não cito nomes para não cometer injustiças, mas considerem-se todos beijados e abraçados.

Vai começar a arrumação e desarrumação das malas no palco. E Boal, mais vivo do que nunca, em nós e em suas obras, diz que isso que estarão vendo, meus caros amigos, é a vida que nós estamos vivendo. É bom teatro mas não é teatro: é verdade líquida e certa. Me lembra Walt Withman, na epígrafe de seu Leaves of Grass:

CUIDADO,

QUEM TOCA NESTE LIVRO

TOCA NUM HOMEM

Paulo José

2010
Acesse o site da peça e acompanhe as apresentações que serão feitas em 11 cidades do Paraná em Agosto! No canal do Youtube Paulo José fala do processo de direção: https://goo.gl/2Ko9rz

No início da década de 1990, Augusto Boal foi vereador do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Acesse aqui um folheto de sua campanha!
O mês de Agosto será destinado a divulgação do trabalho de Boal como vereador e o Teatro Legislativo. #Boalvereador

19399311_1433056140106558_731002106748193024_n
A Primeira A Feira Paulista de Opinião foi produzida pelo Teatro de Arena em 1968, com direção de Augusto Boal. Os artistas deveriam criar obras levantando a questão: O que pensa o Brasil de hoje?
Em foto de Derly Marques, Myriam Muniz, Renato Consorte, Luiz Carlos Arutin (em primeiro plano), Luiz Serra e outros atores encenam “Animália”, de Gianfrancesco Guarnieri. Esta e demais fotos podem ser acessadas em nosso Acervo Online: http://www.acervoaugustoboal.com.br/
Durante o mês de Julho aqui no facebook e no blog postaremos o#dossiedaFeira com matérias de jornal e registros da Primeira Feira Paulista de Opinião.
A Primeira Feira Paulista de Opinião foi produzida pelo Teatro de Arena em 1968, com direção de Augusto Boal.
Em setembro do mesmo ano o Teatro de Arena leva o espetáculo para o Rio de Janeiro a ser apresentado no Teatro Carioca, como publicado nesta matéria d´O Jornal em 15 de setembro de 1968, que pode ser acessada aqui.
Durante o mês de Julho aqui no facebook e no blog postaremos o #dossiedaFeira com matérias de jornal e registros da Primeira Feira Paulista de Opinião.

Augusto Boal, Julita Lengruber e Paul Heritage no tempo do governo de Nilo Batista, organizaram um programa de Direitos Humanos no sistema carcerário no Rio de Janeiro que logo se estendeu a outros estados. No programa eram utilizadas basicamente as técnicas do Teatro do Oprimido. Julita era super intendente das prisões do Estado do Rio, eram outros tempos ​.

​E​m matéria publicada em 2006 no jornal O Globo, Boal relata um pouco deste processo: As prisões fora do cárcere
Há poucos dias atrás Silvia Ramos, cientista social e pesquisadora da equipe de Julita Lengruber na Universidade​ Cândido Mendes, conheceu em um seminário sobre esse assunto em Guarulhos Igor Rocha, agente penitenciário ​que participou dessa experiência com Boal. Ele disse para ela o quanto a sua própria vida foi transformada por esse processo.
Transcrevemos aqui o seu relato:

“Meu nome é Igor Rocha, sou agente de segurança penitenciário há 20 anos e comecei a minha vida no teatro entre 2003 e 2004, com as técnicas do Boal de Teatro do Oprimido  realizado dentro do cárcere.  Ivete Barão, psicóloga do sistema prisional, me chamou para trabalhar com teatro depois que passei por rebeliões e por depressão dentro do cárcere. Quando disse que ia trabalhar com teatro me chamaram de “viado”. Eu estava muito deprimido, tomando medicamentos fortes e foi aí que conheci Boal e ele transformou a minha vida, parei de tomar os medicamentos graças​ ao teatro. Ele salvou minha vida, posso dizer para vocês. Depois de muitos anos, em 2010, decidi compartilhar com os presos e com os funcionários esta vivência de transformação através da arte. E Boal foi inspirador com uma simples frase: “Para de se vitimizar!”. Ele falou isso pra mim e isso me aprofundou muito, fez ver os problemas dos outros que eram maiores que os meus. Eu tenho os meus monstros mas Boal fez com que eu cuidasse destes monstros. Ele vai ficar comigo, Boal para sempre, que Deus o tenha.”

​Obrigado Igor Rocha! Monstros temos todos mas não precisam tomar conta da gente.

Diante dos últimos acontecimentos o Instituto Augusto Boal publica novamente este texto escrito por Augusto Boal na ocasião da posso do Presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva.
Na foto: Lula, Augusto Boal e Eric Napomuceno.
Lula e Boal 1.jpeg
A POSSE, COMO CULTURA
Augusto Boal
No mesmo dia em que foi proclamado Presidente Eleito, Lula anunciou seu programa econômico prioritário: acabar com a fome de cinqüenta milhões; sua primeira iniciativa internacional: estender a mão aos argentinos.
Anunciou, não pequenas opções micro-econômicas ou diplomáticas, mas a transformação radical da forma de governar – a inversão de prioridades e uma nova Ética, sem zonas cinzas: preto no branco. Anunciou que um Brasil novo começava a ser inventado: é preciso imaginá-lo para melhor construí-lo.
Lula não prometeu reforminhas, curativos de esparadrapo, mas uma Revolução copernicana: re-situar nosso país, dentro e fora de suas fronteiras.
O que vale para a Política Internacional e para a Economia, por coerência, vale para a Cultura.
Temos que abandonar de vez a idéia da existência de uma Cultura celestial, esvoaçante, e resolutamente adotar a idéia de que Cultura é o ser humano vivo, em todas suas atividades. Todo mundo a possui. Não devemos falar em Acesso à Cultura, como se fosse ela produzida por deuses, em Olimpos inalcançáveis. Como se cada brasileiro fosse página branca sobre a qual se carimbasse a Cultura, caída do céu.
Temos que afirmar que, quando respiram, quando trabalham, quando amam, todos os seres humanos produzem Cultura, mesmo quando esmagada por outras – donas dos meios de comunicação -, mesmo quando não se transformam em objetos de comércio.
A eleição de Lula foi única: jamais se viu festa popular tão sincera, esperança tão arrebatada, feita, não de expectativa paralisante, mas de paixão criadora: começo da realização do desejo, esperança impaciente.
A posse do Presidente Lula não poderá se reduzir aos rituais rotineiros, e apenas bater recordes numéricos: um, dois, três, ou cinqüenta e três milhões de gentes a mais na praça dos Três Poderes! Não apenas quantidade: qualidade.
Lula não será um presidente seqüencial: será o começo do Redescobrimento.
Sua posse não poderá se reduzir a uma obediente cerimônia protocolar em Brasília, mas deverá medir, milímetro por milímetro, oito milhões e meio de quilômetros quadrados de largura e comprimento, por cento e setenta e cinco milhões… de altivez.
No dia da posse, devemos decretar a prorrogação da Primavera por quatro anos ininterruptos. Em todas cidades e em cada povoado, cada um de nós deverá dar vida à sua Imagem do Sonho. O Projeto Cultural do Governo Lula deve resplandecer desde o primeiro dia, desde a posse!
Lula falou contra a fome e a favor da solidariedade dos oprimidos: devemos transformar, em arte, suas palavras. Temos que estetizá-las.
Estetizar significa transmitir pelos sentidos e não apenas pela razão. Lula falou palavras: temos que mostrá-las como sólidas, palpáveis e beliscáveis.
Temos que teatralizá-las, pintá-las, esculpi-las, cantá-las, torná-las concretas, fotografáveis, filmáveis.
Como fazer? É muito simples!
Primeiro: em todas as praças de todos os povoados do país inteiro, vamos realizar Feiras Culturais com as quais, desde manhã bem cedo, antes que fuja a noite – desde a primeira luz! – vamos acordar o sol com orquestras, bandas e blocos; pintores e escultores; artistas de circo e teatro, bordadeiras, poetas e repentistas, corais e solistas – ao ar livre, em vielas e descampados, todos em sincronia, nas cidades e nos campos, todos nós, em toda parte, vamos mostrar nossa arte. Vamos saudar o dia!
Segundo: em praças e ruas, o povo deve instalar mesas improvisadas, com toalhas limpas e lindas – mesmo que sejam de papel de embrulho, bordadas com tesoura e lápis de cor – para as quais deve trazer pão e comida, e dividi-los com amor.
Terceiro: isto é importantíssimo – todos devem estar comendo na hora da posse do Presidente Lula! No ato do juramento, quando ele disser – “Eu Juro!” – todos, no país inteiro, todos ao mesmo tempo, devemos levar à boca alimento, e mastigar com bravura, pois acabar com a fome ele jura: juremos juntos, comendo, juremos o mesmo juramento! O brinde ao seu governo deve ser mastigado com ganas e com verdade. Devemos ser companheiros – comer o mesmo pão, coletivo. Em nossa mão aberta, oferecer, ao próximo, comida.
Quarto: a população deve dar o que tiver de descartável em suas casas e possa, a outros, ser útil: sapatos, roupas, móveis, espelhos, panelas, livros, quadros, violões e reco-recos, quaisquer objetos que tenham serventia, que saiam do armário e venham todos à luz do dia. Dar e trocar!
Quinto: para essas Feiras, devem ser convidadas comunidades estrangeiras que vivam no Brasil, para que tragam sua dança, música, comida – vamos dialogar.
Sexto: após a posse, em ruas e praças, todos os esportes serão praticados; pingue-pongue, jogo de malha e peteca, bola de gude, pulo de corda e carniça, voleibol, basquete, luta romana e grega, corridas, ginástica, trapézios… Tudo é Cultura.
Sétimo: em uma tribuna visível, cidadãos terão direito a três minutos de fala para fazerem propostas de governo, que deverão ser levadas a sério, às Câmaras, analisadas, votadas. A sério, que com a lei não se brinca!
Enquanto em Brasília dura a festa, no Brasil vive a alegria. Depois, vamos dormir mais cedo: o Dia da Posse será prenúncio e mostra do Mandato Popular – será proclamado o Dia da Cultura.
Estamos sonhando, é verdade, e o nosso sonho é sonho. Mas, se hoje sonhamos, é porque temos agora o direito de sonhar o sonho verdadeiro: hoje, sonhar não é proibido: sonhar é possível. Sonhar… não é sonho.
Sonhemos!

19399669_1433053246773514_5091405178962441858_n
A Primeira Feira Paulista de Opinião foi produzida pelo Teatro de Arena em 1968, com direção de Augusto Boal. Os artistas deveriam criar obras levantando a questão: O que pensa o Brasil de hoje?
Em foto de Derly Marques, Luiz Carlos Arutin e Cecilia Thumim encenam “O Sr. Doutor”, de Bráulio Pedroso. Esta e demais fotos podem ser acessadas em nosso Acervo Online: http://www.acervoaugustoboal.com.br/
A partir de Julho, aqui no facebook e no blog postaremos o #dossiedaFeira com matérias de jornal e registros da Primeira Feira Paulista de Opinião.